terça-feira, 26 de maio de 2009

YSL - Um Pouco de História II

Em 1962 depois de lançar sua própria marca junto a Bergé, Yves Saint Laurent começou a ousar e causar polêmica, mas suas criações não saiam das vitrines, revistas e mulheres de todo o mundo. Chocou ao levar as passarelas transparências que deixavam os seios das modelos a mostra levemente disfarçados por bolsos ou estampas e com a clássica saharienne ou o famoso smoking feminino, entre outros tantos sucessos. Além dos nomes de alguns de seus perfumes, como Opium, que aumentou ainda mais os rumores de que estaria envolvido com drogas e Champagne, que após uma batalha judicial teve que mudar de nome, pois as leis francesas não permitem que qualquer outro produto chame-se Champagne, apenas a bebida produzida na região homônima na França. O perfume passou a se chamar Yvresse, trocando o I por Y na palavra ivresse, que em francês que dizer embriaguez.

Não se constrangeu quando assinou o figurino da personagem de Catherine Deneuve no filme "La Belle de Jour" em que a atriz e amiga do estilista representou uma prostituta, um filme pesado e violento. Também nunca se preocupou com possibilidade e a facilidade que a internet e a velocidade das comunicações traz para a produção das falsificações de suas criações (como a maior parte dos estilistas), muito pelo contrário, mostrava tudo ao vivo com o seu consetimento. Além de ter sido responsável por uma das grandes revoluções da moda, usando modelos negras.

Com o passar dos anos Yves Saint Laurent aparecia cada vez menos em público e rolavam boatos de que ele se desligaria da maison. Em 22 de janeiro de 2002 no Centre Georges Pompideu em Paris aconteceu o seu último e majestoso desfile, não houve desligamento, mas o fim da sua marca de alta costura. No começo do mesmo mês ele fez um discurso emocionado declarando o, para nós fatídico, fim. Disse "Digo a mim mesmo que criei o guarda-roupa da mulher contemporânea, que participei da transformação de minha época... Marcel Proust me ensinou que a magnífica família dos nervosos é o sal da terra. Sem saber, eu fiz parte dessa família. É a minha. Eu não escolhi essa linha fatal, contudo foi graças a ela que eu me elevei ao céu da criação, que eu me achei, que eu compreendi que o encontro mais importante da minha vida deveria ser comigo mesmo”.

Em 1º de julho de 2008 Pierre Bergé, seu sócio e amigo pessoal, declarou à imprensa o falecimento de um dos maiores gênios da moda. Não se sabe ao certo a causa, mas todos esperamos que ele descanse em paz.

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